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Al Bará b. Málik al Ansari

Zaid b. al Khattab, irmão do Al Faruq Ômar (que Allah esteja aprazido com ambos), tomou a iniciativa, exortando os muçulmanos:

“Cerrai os dentes, golpeai o inimigo, e avançai! Estou fazendo um voto de silêncio, e não voltarei a falar até que Musaylima seja derrotado, ou irei ao encontro do meu Feitor e Lhe direi que morri tentando.” Então precipitou-se para a frente, engajando-se em combates, até que foi abatido.

Salim, o liberto de Abu Huzaifa, portava a bandeira dos muhajirun. Seus seguidores temiam que, no cansaço dele, fosse abatido pelo inimigo, deixando-os em aberto para o ataque. Sua única resposta foi:

“Se fordes atacados, então eu não serei digno de continuar a viver como um Hafiz5.”

Então ele dirigiu uma poderosa carga contra o inimigo, até que foi tirado ferido do campo.

Todos esses heróicos feitos caem em insignificância perante a ação de Al Bará b. Málik (que Allah esteja aprazido com ele).

À medida em que a batalha alcançava o auge da sua fúria, Khalid b. al Walid voltou-se para Al Bará, e disse:

“Dirige o assalto sobre eles, ó cavaleiro dos ansar!”

Al Bará voltou-se para o seu povo, e disse:

“Avante, ó ansar! Que nenhum de vós pense que irá voltar para Madina. Não tendes lugar aonde ir. Há apenas Allah, e o Paraíso!”

Num só corpo, desferiram uma carga nas fileiras dos renegados, tendo o Al Bará a abrir caminho por entre os inimigos, brandindo sua espada, fazendo cair por terra muitos dos inimigos de Allah, tanto que o curso da batalha virou contra Musaylima e suas forças. Estes se refugiaram num pomar que se tornou conhecido da história como o Pomar da Morte, por causa do grande número de homens que aí foram abatidos, naquele dia.

O pomar era vasto, com muros altos, e Musaylima e sua força de milhares trancaram a entrada. Podiam abrigar-se atrás dos muros, como numa fortaleza, e desfechar chuvas de flechas sobre os muçulmanos. Al Bará se adiantou, e disse para as suas gentes:

“Ponde-me num escudo, levantai-o com vossas lanças, e lançai-me sobre o muro, próximo ao portão. Eu abrirei os portais para vós, ou morrerei como um chahid, no processo.”

Em pouco tempo ele estava sentado num escudo, com seu delgado corpo, que pouco pesava, e dezenas de lanças o ergueram, e o lançaram para dentro do Pomar da Morte. Feito um raio que cai do céu, ele caiu sobre os inimigos, e matou dez deles antes que pudesse abrir o portão. Os muçulmanos passaram como enxurrada através dos portões e sobre os muros, abatendo, com suas espadas, as forças de milhares de renegados, até que chegaram ao Musaylima, e o mataram numa batalha.

Quanto a Al Bará b. Málik, eis que foi carregado para fora do campo com mais de oitenta ferimentos de espada e flechas. Khálid b. al Walid permaneceu com ele por um mês, cuidando dele, até que Alah lhe restaurou a saúde, assim como Ele concedera a vitória aos muçulmanos, graças ao valente guerreiro.

Al Bará continuava a almejar por uma morte como um chahid, um destino que se esquivou dele, mesmo na batalha de Al Yamama. Na sua ânsia por aquele destino, e para poder reunir-se ao seu amado Profeta (S), ele se engajava em batalha pós batalha. Na de Tustar, na Pérsia, os muçulmanos haviam sitiado os persas num castelo fortificado. Como o sitiamento se arrastase por muito tempo, e os persas se tornassem mais desesperados, estes fizeram descer pelos muros correntes com enormes arpéus que haviam sido aquecidos ao rubro. Com eles, iriam espetar os muçulmanos, e iriam erguer as vítimas, mortas, ou na agonia da morte. Um dos ganchos pegou Anas, o irmão de Al Bará. Quando al Bará viu o que estava acontecendo com o irmão, escalou o muro da fortaleza, até que foi capaz de agarrar a corrente e retirar o gancho do corpo do seu irmão. Sua mão começou a quimar e dela a sair fumaça, mas ele não desistiu, até que salvou o seu irmão. Então caiu ao chão, nada restando da sua mão, a não serem os ossos limpos.

Durante aquela batalha, Al Bará pediu a Allah que lhe concedesse a morte como um chahid. Allah lhe concedeu o requerido, e ele finalmente caiu, regozijante com o fato de que iria encontrar-se com o seu Senhor.

Que Allah conceda a Al Bará a bênção do Paraíso, e lhe dê o conforto da companhia do abençoado Profeta (S). Que Allah esteja comprazido com ele, e o faça feliz!
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