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A História do Profeta Hud
Descrição: A importância de buscar o perdão de Deus.
Por Aisha Stacey (© 2012 IslamReligion.com)
Publicado em 25 Jun 2012 - Última modificação em 25 Jun 2012

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Categoria: Artigos > Crenças do Islã > Histórias dos Profetas


Muitas pessoas podem se surpreender ao saber que os muçulmanos acreditam em muitos dos profetas encontrados nas tradições judaicas e cristãs. Noé, Abraão, Moisés e Jesus, entre outros, figuram de forma proeminente nas páginas do Alcorão.  Acreditar em todos os profetas e livros revelados de Deus são dois dos pilares da crença no Islã e, portanto, os muçulmanos aceitam o Torá e os Evangelhos (Injeel) de Jesus.  Entretanto, também acreditam que esses livros foram alterados ou perdidos com o passar do tempo. Consequentemente os muçulmanos acreditam somente no que foi confirmado no Alcorão ou nas tradições autênticas do profeta Muhammad.

No Velho Testamento é feita referência a um descendente de Noé chamado Éber.  Em algumas tradições é chamado de Héber e conhecido com o pai da língua hebraica. [1] No Islã, entretanto, é conhecido como Hud[2] e é um dos quatro profetas árabes, os outros sendo Saleh, Shuaib e Muhammad. O renomado estudioso muçulmano do século 14, Ibn Kathir, relata que Ibn Jarir também afirma que Hud era um descendente de Noé.

Enviado por Deus para seu povo, Hud propagou a mensagem de que Deus é Único e para adorarem somente a Ele.  Foi a mesma mensagem propagada por todos os profetas de Deus.  Hud disse a seu povo: “Ó meu povo, adorem a Deus, por que não existe outro Deus além Dele.” (Alcorão 11:50). Hud pertencia à antiga civilização conhecida como Aad e acredita-se que sua capital tenha sido a lendária cidade de Ubar, conhecida no Alcorão como Iram.  (89:6-7)

Acredita-se que Aad estivesse localizada nas montanhas entre Omã e Iêmen.  O povo era conhecido pela construção de torres luxuosas e, assim, a área ficou conhecida como a terra de mil pilares.  Era uma civilização como nenhuma outra.  Deus abençoou Aad e seu povo.  Concedeu-lhes terra fértil e agricultura abundante, muitos filhos, um amplo provimento de criação de animais e acesso fácil à água.  O povo era descrito como alto, forte e bem constituído.

De muitas formas, Aad pode ser descrita como uma sociedade semelhante a muitas das sociedades opulentas que existem hoje.  Havia um excesso de riqueza e o povo orgulhoso e arrogante não estava satisfeito em atender suas necessidades básicas.  Começaram a construir torres e moradias meramente para exibir sua riqueza e acumularam possessões terrenas como se fossem um povo destinado a viver para sempre.

Os governantes e líderes de Aad eram tiranos poderosos e suas fortunas não os flexibilizou, como às vezes acontece, mas ao contrário, ficaram mais fortes e dominaram as terras ao redor.  Satanás estava entre eles e fez com que seus atos lhes parecessem justos.  Sua arrogância e orgulho aumentaram e a adoração a ídolos se tornou predominante.

O profeta Hud também era um homem forte, mas costumava usar sua força para confrontar os problemas que abundavam em sua sociedade, mas as pessoas eram orgulhosas demais para ouvir.  Não queriam que Hud apontasse seus erros, mas ele insistia em chamá-los para a virtude.  Disse:

“Implorai o perdão de vosso Senhor e voltai-vos a Ele, arrependidos, que Ele vos agraciará generosamente até um término prefixado, e agraciará com o merecido a cada um que tiver mérito. Porém, se vos recusardes, temo por vós o castigo do Grande Dia.”

Hud tentou explicar ao seu povo que buscar o perdão de Deus para sua rebelião e arrogância só aumentaria sua força e riqueza.  Deus, disse ele, recompensaria seu arrependimento com chuva abundante e um aumento na força.  Como as pessoas arrogantes de todas as épocas, o povo de Aad olhou para Hud com desdém, porque olharam em volta e constataram que eram a nação mais poderosa em existência.

O povo rico e arrogante de Aad argumentou com Hud sobre a natureza do Dia do Juízo.  Acreditavam que após a morte o corpo se transformava em pó e era varrido pelo vento.  O povo de Aad, como muitas pessoas hoje, acreditava que o propósito da vida era acumular riqueza, prestígio e posses.  Quando Hud os fez confrontar a realidade de suas vidas e destacou que estavam muito longes do Deus Único, seus peitos arrogantes se encheram de orgulho e o acusaram de ser louco.  Estranharam por que um homem que comia e bebia como eles, podia ter uma visão tão diferente da vida.  Com seus olhos firmemente fixos na riqueza e luxúria, o povo de Aad se convenceu de que seguir Hud significaria que tinham ficado loucos.

“Não há mais vida do que esta, terrena! Morremos e vivemos e jamais seremos ressuscitados! Este não é mais do que um homem que forja mentiras acerca de Deus! Jamais creremos nele!” (Alcorão 23:37-38)

Por fim o povo de Aad olhou para Hud e disse: “Somente dizemos que algum dos nossos deuses te transtornou.” (Alcorão 11:54). Hud se voltou para Deus e renunciou ao seu povo.  Sabia que a punição de Deus seria rápida e severa.  Uma seca se espalhou pela terra antes fértil e abundante. O povo olhava para o céu esperando ver sinais de chuva. A punição era óbvia, mas o povo de Aad continuou a ironizar e ridicularizar Hud.

Em um dia fatídico o tempo mudou.  O calor escaldante mudou para frio cortante o vento começou a uivar.  O vento selvagem aumentava com cada novo dia e o povo começou a procurar abrigo.  A tempestade de vento continuou por mais de uma semana.  Destruiu tendas e moradias, levou para longe vestimentas e feriu a pele do corpo.

Foram destruídos por um vento furioso que Deus lhes impôs por sete noites e oito dias consecutivos, para que pudessem ver homens destruídos com se fossem troncos ocos de tamareiras! (Alcorão 69:6-7)

Ibn Kathir nos conta que a violenta ventania não parou até que toda a região, antes viçosa e verde, fosse reduzida a ruínas e engolida por areias do deserto.  Somente Hud e seu pequeno grupo de seguidores foram salvos e acredita-se que tenham migrado para a área de Hadramaut do que é hoje conhecido como Iêmen.

Epílogo[3]

Diz-se que Ubar foi um oásis remoto do deserto e um grande centro de comércio habito por um povo poderoso e rico.  Diz a lenda que se perdeu em uma grande tempestade de areia que soterrou toda a área.  Em 1992, a lendária cidade perdida foi descoberta com o uso de sensoriamento remoto de dados.  Imagens de satélite expuseram uma grande área de dunas de areia, sob a qual existe um grande leito seco de rio.  Atualmente Ubar está sendo escavada e evidências revelaram uma cidade octogonal fortificada com torres de 9 metros de altura e paredes grossas.



Footnotes:

[1] The International Standard Bible Encyclopaedia -http://www.studylight.org/enc/isb/view.cgi?number=T2864

[2] Baseado em Histórias dos Profetas, de Ibn Kathir.

[3]http://www.jpl.nasa.gov/radar/sircxsar/ubar1.html

leia o artigo original em: http://www.islamreligion.com/pt/articles/2716/

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