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A psicologia do autocontrole no Islã (parte 2 de 2) |
· "A pessoa forte não é a que tem força física, mas a que controla sua raiva." [1] O profeta Muhammad está nos dizendo que uma pessoa precisa ser forte para ter autocontrole quando está zangada e que o autocontrole é obviamente uma qualidade desejável para um crente. · "Se algum de vocês se zangar e estiver de pé, deve se sentar até que a raiva passe. Se não passar, então deve se deitar." [2] Quando uma pessoa é tomada pela raiva é difícil manter a cabeça fria e dar uma resposta equilibrada. Entretanto, o ato de se sentar, adiando a resposta, permite que a pessoa esfrie e pense claramente. Se sentar não for suficiente, então nos é dito para deitarmos. Metaforicamente jogando água sobre a resposta quente. · "Quando algum de vocês ficar zangado, faça a ablução porque a raiva vem do fogo." [3] Realizar a ablução literalmente, ao invés de metaforicamente, joga água em uma resposta quente e desequilibrada. O autocontrole pode ser descrito como o que as pessoas usam para restringir seus impulsos e desejos. É a capacidade de substituir uma resposta por outra. O mundo da psicologia do século 21 vê isso como sendo uma característica muito desejável e que deve ser cultivada e exercitada por aqueles que querem ser bem-sucedidos. Em mais de um estudo o autocontrole foi comparado a um músculo.[4] Engajar-se em atos de autocontrole retira energia de um recurso limitado e, uma vez que esteja esgotado, existe menos energia a ser usada para a autorregulamentação. Isso é o mesmo que um músculo que requer força e energia para exercer força e, após algum tempo, se cansa. Entretanto, parece que quanto mais se exercita o autocontrole, mais fácil se torna. As pessoas começam renovadas, mas ao longo do dia sua força de vontade começa a diminuir. Fazer muitas escolhas e autorregulamentação as deixa cansadas. Os pesquisadores observaram que o autocontrole tende a reduzir mais tarde ao longo do dia, especialmente em dias com muita demanda ou estressantes. A maioria das dietas é quebrada à noite, transgressões sexuais e recaídas em comportamentos ligados a vícios ocorrem no final de dias longos e estressantes. Estudos têm demonstrado que as pessoas estão mais dispostas a enganar e roubar quando sua reserva de força de vontade está esgotada.[5] O Islã tem mantido por muito tempo a opinião de que as pessoas precisam de mais lembretes à medida que o dia passa. Se olharmos para a oração como um lembrete, podemos ver que serve esse propósito porque as pessoas se cansam durante o curso do dia. Começamos o dia com Fajr, a oração da manhã e então temos um bloco grande de tempo no qual fazemos o trabalho produtivo. Quaisquer escolhas morais ou auto regulamentadoras que temos que fazer são abordadas com facilidade. Na oração do meio-dia temos tempo de ser gratos, para descansar nossos cérebros cansados e lembrar que nossas vidas são dedicadas a agradar a Deus. Mas ainda é um dia longo, estamos com fome e cansados. Aqueles lembretes de Deus continuam vindo. Existem mais três orações obrigatórias antes de dormir. A oração, não devemos nos esquecer, é um pequeno começo, a deixamos renovados, um pouco mais próximos de Deus e determinados a ficar longe de qualquer coisa que O desagrade. Temos o antídoto para a fadiga do músculo, física e mentalmente. Quem estaria inclinado a se levantar do local de oração para enganar, mentir ou roubar? O profeta Muhammad disse que a primeira coisa que será julgada entre os atos de uma pessoa no Dia da Ressurreição é a oração. Se estiver correta, a pessoa prosperará e se estiver defeituosa, fracassará.[6] Se a conexão de uma pessoa com Deus é mantida ao longo do dia, ela permite que lute contra todos os tipos de mal e tentações e dá a coragem para fazer boas escolhas, usando força de vontade e autocontrole. Como qualquer bom músculo, quanto mais o usamos, mais forte ele se torna. E não só isso, desenvolvemos o que chamamos memória do músculo. São memórias de tarefas realizadas com frequência que ficam armazenadas no cérebro. Por meio da repetição você se torna extremamente bom em algo; por exemplo, o autocontrole. A evidência sugere que pessoas bem-sucedidas passam relativamente menos tempo lutando com tentações e escolhas. Pessoas bem-sucedidas são aquelas que, com a permissão e ajuda de Deus, desenvolveram um forte autocontrole. Ninguém está sugerindo que seja fácil, mas é viável e desejável. Deus explica no Alcorão que os seres humanos têm uma fraqueza que impede seu sucesso. Essa fraqueza é a ausência de força de vontade ou a inabilidade de sustentar o sentido de propósito. Como crentes sabemos o que fazer, mas geralmente nos falta o autocontrole para nos manter na direção certa. Não construímos memória do músculo. Nosso estilo de vida, o Islã, nos dá oportunidades incontáveis e construir nossa força e maneiras incontáveis de usar nosso autocontrole. A psicologia recém-descoberta do autocontrole foi incorporada na religião do Islã por muito tempo. De fato, desde o tempo de Adão. "Havíamos firmado o pacto com Adão, porém, te esqueceu-se dele; e não vimos nele firme resolução." (Alcorão 20:115) "Aqueles que anelarem a outra vida e se esforçarem para obtê-la, e forem fiéis, terão os seus esforços retribuídos." (Alcorão 17:19) Uma boa maneira de deixar nossa discussão do Islã e do autocontrole é com um dito do profeta Muhammad. É um lembrete de que até o menor esforço pode ser enorme no cômputo de Deus. "... os atos mais amados por Deus são os feitos regularmente, mesmo que sejam poucos." [7] Notas de rodapé: [1] Saheeh Al-Bukhari, Saheeh Muslim [2]Abu Dawood. [3]Ibid [4] Muraven, Mark; Baumeister, Roy F. (2000). "Self-regulation and depletion of limited resources: Does self-control resemble a muscle?". Psychological Bulletin 126 (2): 247–59. Hagger, Martin S.; Wood, Chantelle; Stiff, Chris; Chatzisarantis, Nikos L. D. (2010). "Ego depletion and the strength model of self-control: A meta-analysis". Psychological Bulletin 136 (4): 495–525. [5] Mead, N.L., Baumeister, R.F., Gino, F. et al. (2009). Too tired to tell the truth: Self-control resource depletion and dishonesty. Journal of Experimental Social Psychology, 45, 594–597. [6]At-Tirmidhi [7] Saheeh Al-Bukhari, Saheeh Muslim
http://www.islamreligion.com/pt/articles/10691/psicologia-do-autocontrole-no-isla-parte-2-de-2/ |
· Enviado por admin
em 16/09/2017 14:39
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