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XintoÃsmo (parte 2 de 2): Um exemplo de politeÃsmo |
![]() Os Kami não são onipotentes, não existem em outro universo ou plano espiritual e não são seres perfeitos. Cometem erros, se comportam mal e, em certas ocasiões, são muito maus. Os Kami têm muitas qualidades em comum com os seres humanos e é dever deles proteger os seres humanos. Em troca os seres humanos devem cuidar dos Kami e por isso a adoração e oferendas rituais feitas ao Kami em santuários e santuários domésticos em todo o Japão. A palavra Kami pode ser traduzida como espÃritos ou seres espirituais, mas também se refere à essência da existência encontrada em tudo. O Kami é o elemento sagrado ou mÃstico em quase tudo. Está em tudo e é encontrado em todos os lugares e é o que faz um objeto em si, ao invés de outra coisa. A palavra Kami significa o que está oculto. No Islã também temos criaturas que geralmente são descritas como espÃritos e são chamadas de jinn (gênios). A palavra árabe Jinn vem do verbo "janna" e significa ocultar ou esconder. Explicam o fenômeno estranho que afeta e frequentemente assedia os seres humanos. As pessoas não estão cientes da realidade dos jinns e geralmente não são capazes de explicar esses eventos ou os atribuem à s almas dos mortos. Os jinns são uma criação de Deus, sem atributos divinos. Vivem no mundo conosco, mas separados de nós, e são capazes de ser bons ou maus. Entretanto, no Islã a grande maioria dos jinns são maus e têm sido responsáveis por tentar e levar muitas pessoas ao grande pecado do politeÃsmo. São feitas oferendas aos Kami na esperança de agradá-los e encorajá-los a proteger e intervir nas vidas da humanidade. No Islã essa adoração aos jinns seria considerada um pecado muito grande e, possivelmente, resultaria no inferno eterno.   No Islã somos ensinados a evitarmos os jinns e aprendemos maneiras de nos protegermos de sua malÃcia e maldade. O Islã também afirma categoricamente que nada é merecedor de adoração, além de Deus. Embora a ênfase no comportamento bom e virtuoso encontrada no XintoÃsmo seja louvável ela é, entretanto, desperdiçada por algo que os muçulmanos consideram totalmente inaceitável. No Islã somente Deus dirige os assuntos da humanidade. Não importa quantas oferendas sejam feitas perante um santuário ou altar, o destino decretado por Deus não muda. Engajar-se nesse tipo de comportamento não tem nenhum propósito, além do de atrelar uma pessoa à superstição e medo. Ao fazer suas oferendas os seguidores do XintoÃsmo engajam em rituais de purificação. Os agentes usados nos rituais realizados no inÃcio de qualquer cerimônia religiosa são geralmente água e sal. Shubatsu é um ritual de purificação no qual o sal é salpicado sobre sacerdotes, devotos ou no chão, para purificá-los. É encontrado um uso notável do sal em purificação na luta de sumô, quando os lutadores salpicam o sal ao redor do ringue para purificá-lo. Um dos rituais de purificação mais simples é lavar o rosto e as mãos com água pura no inÃcio de uma visita ao santuário, para purificar o visitante o suficiente para se aproximar do Kami. Rituais de pureza também incluem se banhar e ficar embaixo de cachoeiras. Os festivais xintoÃstas (masuri) geralmente combinam os rituais solenes com celebrações alegres que à s vezes incluem bebedeiras. Os rituais de purificação e as oferendas são geralmente combinadas com música, dança e louvores e os sacerdotes xintoÃstas abençoam tudo com um o ramo da árvore sagrada sakaki, mergulhada em água sagrada. Existe outro ritual xintoÃsta do tipo xamanista, geralmente em áreas rurais, no qual miko (mulheres xamãs) falam para o Kami ao entrar em um transe. Nos santuários as cinco oferendas mais tradicionais são arroz, vinho de arroz (saquê), água, sal e ramos de árvores. São oferecidos em quantidades pequenas e simbólicas, apresentadas em recipientes de cerâmica brancos e, dependendo da região, estação do ano e festival e produção local, também são oferecidos frutas e legumes. É tradicional oferecer qualquer iguaria ao Kami antes de as pessoas participarem. Outro elemento importante dos festivais xintoÃstas são as procissões, nas quais o Kami do santuário local é carregado pela cidade em um palanquim. É a única vez do ano em que as estátuas deixam o santuário. Também existem carroças decoradas nas quais as pessoas se sentam e são puxadas pelas ruas com o acompanhamento de flauta e tambores. Alguns festivais são calmos, mas muitos são energéticos e barulhentos. Para muitos que estão de fora essa combinação de ritual e solenidade com vulgaridade parece muito irreverente, mas os seguidores do XintoÃsmo acreditam que representa a relação que o XintoÃsmo tem com o mundo real. Os santuários xintoÃstas e altares domésticos não contêm somente estátuas e Ãdolos, mas uma gama de talismãs para manter as pessoas seguras enquanto viajam ou provê-las com boa saúde, sucesso nos negócios, parto seguro, etc. Talismãs especiais são comprados nos santuários xintoÃstas para trazer boa sorte e afastar os maus espÃritos. Incluem flechas, pequenos amuletos e placas (ema) que têm um lado branco no qual as pessoas podem escrever um desejo ou pedido. Na maioria dos santuários xintoÃstas existe uma parede coberta com ema de madeira que contém os pedidos escritos para o Kami. Um muçulmano entende que a adoração no XintoÃsmo envolve muitos elementos de shirk[1]. Dar oferendas, manter estátuas e talismãs e acreditar que criaturas, além de Deus, podem afetar nossas vidas, são todos aspectos de politeÃsmo. É Deus Quem controla tudo e nada acontece sem Sua Vontade. Na religião do Islã a crença em um Deus Único, sem parceiros ou associados é essencial. É o ponto central da religião. É por essa razão que o Islã geralmente é chamado de monoteÃsmo puro.  Não é adulterado com conceitos estranhos ou superstições, como os rituais que existem no XintoÃsmo. Deus coloca uma pergunta: Não sou o melhor? Pergunta Ele. Quem origina a criação e logo reproduz? E quem vos dá o sustento do céu e da terra? Poderá haver outra divindade em parceria com Deus? Dize-lhes: Apresentai as vossas provas, se estiverdes certos. (Alcorão 27: 64) Notas de rodapé: [1]Shirk é o pecado de idolatria ou politeÃsmo. É a deificação ou adoração de qualquer pessoa ou coisa além do Deus Único. http://www.islamreligion.com/pt/articles/5150/xintoismo-parte-2-de-2/ |
· Enviado por admin
em 25/09/2016 06:02
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