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Extremos da Personalidade
OS DOIS EXTREMOS DA PERSONALIDADE

Primeira Meta - A Reformulação da Personalidade
Shaikh Mohamad Al Ghazali
Tradução: Prof.Samir El Hayek

Como todas as religiões de origem divina, também o Islam enfoca a reformulação da personalidade, do modo de ser do homem, como a meta primordial do seu programa de reformas. Assumindo a personalidade como sendo a meta primordial dos seus projetos, o Islam semeia os ensinamentos islâmicos bem no âmago do ser, para que este e o conhecimento de si mesmo se tornem inseparáveis.
Os ensinamentos dos Profetas valem até o Dia do Juízo Final, e ao redor deles reuniram-se grupos de fiéis. O segredo de todos esses ensinamentos sempre foi o de terem feito do homem o objetivo de todos os empenhos e de reconhecer o homem como o eixo ao redor do qual giram todas as coisas e atividades. Os ensinamentos deles não eram colagens artificiais que pudessem existir a parte dos homens no seu afã quotidiano. Nem se tratava de tintas e vernizes que pudessem ser aplicados até serem consumidos pela passagem do tempo. Eles incutiram seus princípios e ensinamentos bem no fundo dos corações dos homens, dando-lhes uma poderosa consistência para manterem-se a salvo das tentações da natureza humana e que podia orientar as decisões deles.
Não raro, algumas religiões de origem divina opuseram-se contra os costumes e a estrutura de uma sociedade, ou contra o sistema e a natureza de um governo, mas também propuseram remédios para os males que surgiam nesses segmentos.
Independente disso, o propósito de todas as religiões de origem divina tem sido o de valorizar o homem integro na base de todos os seus programas de reforma, tendo sempre ressaltado a importância da firmeza e solidez de caráter do homem como condição essencial para o engrandecimento e a sobrevivência de qualquer civilização.
Com isto jamais pretenderam diminuir a importância daqueles que se empenham na edificação de governos e sociedades melhores, nem de desprezar seus esforços e valores. De modo algum. Visto que a religião sempre pretendeu fazer as pessoas reconhecerem a importância de reformularem seu próprio modo de ser, sua personalidade, para garantir a permanência da existência e assegurar uma vida sadia e virtuosa.
A personalidade que se desvirtuou só saberá gerar dissenções e desordens no sistema de governo, usando seus poderes de injunção para impor leis à sociedade daquele sistema unicamente para satisfazer ou atender seus próprios interesses mesquinhos e perniciosos. Enquanto que uma personalidade nobre e depurada, pelo contrário, se esforçará em costurar os hiatos existentes procurando reintegrá-lo. Tal personalidade contribuirá apenas ao engrandecimento e à moralidade da sociedade. E para tanto, assumirá a responsabilidade de exercer seus poderes com energia para remover todo o tipo de defeitos e desvios de governo.
Essa personalidade e como um juiz. Quando este e bem instruído e decente, torna-se capaz de compensar os defeitos da lei com decisões imparciais e sentenças justas. Mas se for um juiz cruel e insensível, não mostrará senão indiferença à probidade e à autoridade do direito. Da mesma maneira a personalidade do homem, ao se ver diante das ide ias e concepções do mundo, e as tendências e interesses pessoais.
Ai estão as razões do porque a reformulação da personalidade ser a pedra fundamental para a supremacia da virtude nesta vida.
Se não se atentar para a reformulação do nosso próprio modo de ser, este mundo se transforma em domínio de forças malignas, onde o presente e o futuro de todos os homens se vê regido pela corrupção. E é por isso que Deus diz:
“Ele jamais mudará as condições que concedeu a um povo, a menos que este mude o que tem em seu íntimo. E quando Deus quer castigar a um povo, ninguém pode impedi-Lo e não tem, em vez d‘Ele, protetor algum“ (13ª:11).
Apontando a causa da corrupção em algumas sociedades, Deus as severa:
“Tal foi o comportamento do povo do Faraó e de seus antecessores, que descreram nos versículos de Deus; porém, Deus os castigou por seus pecados, porque é Forte e Severíssimo no castigo. Isso, porque Deus jamais muda as mercês com que tem agraciado um povo, a menos que este mude o que há em seu íntimo; sabei que Deus é Oniouvinte, Sapientíssimo“ (8ª:52-53).
Desse ponto de vista de reforma e instrução, o Islam considera este problema sob dois aspectos:
O primeiro aspecto é o seguinte. Todo ser humano tem uma natureza pura e decente de origem, que tende para a probidade e o bem, e se sente feliz quando os alcança. Essa natureza tem aversão à iniqüidade e ao mal. E vê a continuidade e evolução de sua existência e salubridade da sua vida, emanarem da verdade e da justiça.
E ai reside também o seu segundo aspecto. Todo ser um humano também possui emoções excitantes e inclinações perversas, que o desviam do seu caminho reto. Esses traços mascaram o que é prejudicial com atrativos fascinantes que tomam conta da personalidade e a atiram no poço da mesquinhez e da degradação. Não estamos aqui interessados em analisar se tais emoções e inclinações de perniciosa tendência penetram, do ponto de vista histórico, na natureza humana vindos do exterior ou se são inerentes à própria natureza. Diz-nos respeito o fato de que ambas essas condições (do primeiro e segundo aspecto) se encontram no homem, e disputam o controle da personalidade de cada um. E é justamente da decisão pelo homem de qual dos dois aspectos ele permite dominar sua vida que se define o seu destino final.
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