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Vidência (parte 2 de 3)
Descrição: Um olhar sobre como a prática de vidência difere do Islã. Parte 2: Papel dos Gênios.
Por Dr. Bilal Philips
Publicado em 18 Mar 2013 - Última modificação em 18 Mar 2013
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Categoria: Artigos > Crenças do Islã > Os Seis Pilares da Fé e Outras Crenças Islâmicas

O homem não pode obter o controle sobre os gênios, já que isso foi um milagre especial concedido somente ao profeta SulaymanDe fato, o contato com os gênios em circunstâncias que não sejam de possessão ou acidente é na maioria das vezes feito através da execução de atos sacrílegos desprezados e proibidos na religião.  O gênio maléfico convocado dessa forma pode auxiliar seus parceiros no pecado e descrença em Deus.  Seu objetivo é levar tantos quanto possível para o maior dos pecados, a adoração de outros ao lado de Deus.

Uma vez que contato e contrato com o gênio são feitos por videntes, os gênios podem informá-los de certos eventos no futuro.  O profeta descreveu como o gênio coleta informação sobre o futuro.  Relatou que os gênios eram capazes de viajar aos níveis mais baixos dos céus e ouvir alguma informação sobre o futuro que os anjos passavam entre si.   Então retornava para a terra e transmitia a informação para seus contatos humanos.[1] Isso costumava acontecer muito antes da missão profética de Muhammad e os videntes eram muito precisos em sua informação.  Eram capazes de conquistar posições nas cortes reais e desfrutavam de muita popularidade e eram até adorados em algumas regiões do mundo.

Depois que o profeta Muhammad iniciou sua missão a situação mudou.  Deus fez os anjos guardarem os níveis mais baixos dos céus cuidadosamente e a maioria dos gênios era expulsa com meteoros e estrelas cadentes.  Deus descreveu esse fenômeno na seguinte afirmação corânica feita por um dos gênios: Nós (os gênios) quisemos inteirar-nos acerca do céu e o achamos pleno de severos guardiães e flamígeros meteoros.  E costumávamos nos sentar lá, em locais (ocultos), para ouvir; e quem se dispusesse a ouvir agora, defrontar-se-ia com um flamígero meteoro, de guarda.”

Deus também disse:

“E o protegemos de todo o demônio maldito. E aquele que tentar espreitar persegui-lo-á um meteoro flamejante.” (Alcorão 15:17-18)

Ibn Abbas disse: “Quando o profeta e um grupo de seus companheiros partiram para o mercado de Ukad, os demônios foram bloqueados de ouvir informação nos céus.  Os meteoros foram lançados sobre eles, para que retornassem para seu povo.  Quando seu povo perguntou o que aconteceu, eles contaram.  Alguns sugeriram que algo deve ter acontecido, para que se espalhassem sobre a terra procurando a causa.  Alguns deles vieram ao profeta e seus companheiros enquanto estavam fazendo oração e ouviram o Alcorão. Disseram para si mesmos que devia ter sido que os impediu de ouvir.  Quando retornaram para seu povo, contaram. “Em verdade, ouvimos um Alcorão admirável. Que guia para a verdade, pelo que nele cremos,  E jamais atribuiremos parceiro alguém ao nosso Senhor.[2]

Assim, os gênios não puderam mais coletar informação sobre o futuro tão facilmente quanto antes da missão do profeta.  Por causa disso, agora misturam sua informação com muitas mentiras.  O Profeta disse: “Eles (os gênios) passavam a informação adiante até que alcançasse os lábios de um vidente. Às vezes um meteoro os ultrapassava antes que pudessem passá-la adiante. Se a passassem adiante antes de serem atingidos, adicionavam a ela centenas de mentiras.” (Saheeh Al-Bukhari, At-Tirmidhi)

Aisha relatou que quando perguntou ao mensageiro de Deus sobre videntes, ele respondeu que não eram nada.  Ela então mencionou que os videntes às vezes diziam coisas que eram verdadeiras.  O Profeta disse: “É um pedaço de verdade que o gênio rouba e cacareja no ouvido de seu amigo, mas ele mistura com ela centenas de mentiras.” (Saheeh Al-Bukhari, Saheeh Muslim)

Uma vez Umar ibn al-Khatab estava sentado e um belo homem, Sawad Ibn Qarib passou por ele.  Umar disse: “Se não estiver errado, essa pessoa continua seguindo sua religião dos tempos pré-islâmicos ou talvez seja um dos videntes.”  Ordenou que o homem fosse trazido até ele e perguntou sobre o que suspeitava.  O homem respondeu: “Nunca vi um dia como esse em que um muçulmano enfrenta tais acusações.”  Umar disse: “Em verdade, estou determinado que me informe.”  O homem então disse: “Eu era um vidente no tempo da ignorância.”  Ao ouvir isso Umar perguntou: “Conte-me sobre a coisa mais estranha que sua gênia contou a você.”  O homem então disse: “Um dia, enquanto estava no mercado, ela veio até mim toda preocupada e disse: ‘Não viu os gênios em desespero após a desgraça que lhes abateu?  E o fato de seguirem camelas e seus montadores.”  Umar interpôs: “É verdade.” (Saheeh Al-Bukhari)

Os gênios também são capazes de informar seus contatos humanos do futuro relativo.  Por exemplo, quando alguém vai a um vidente, o gênio do vidente obtém a informação do Qarin do homem (o gênio designado para cada ser humano) de quais planos ele havia feito antes de sua vinda.  Então o vidente é capaz de dizer que ele fará isso ou aquilo ou irá aqui ou acolá.  Através desse método, o vidente real também é capaz de aprender sobre o passado do estranho em detalhes vívidos.  Ele é capaz de contar a um completo estranho sobre os nomes de seus pais, onde nasceu, os atos de sua infância, etc.  A habilidade de descrever vividamente o passado é uma das marcas de um verdadeiro vidente que fez contato com o gênio.  Como o gênio é capaz de cobrir grandes distâncias instantaneamente, também são capazes de coletar enormes quantidades de informação sobre coisas ocultas, artigos perdidos ou eventos não observados.  A prova dessa habilidade pode ser encontrada no Alcorão, na história sobre o profeta Sulayman e Bilqis, a rainha de Sabá.  Quando a rainha Bilqis foi vê-lo, ele pediu ao gênio que trouxesse o trono da rainha da terra dela.  “Um Ifrit de entre os gênios disse “eu o trarei antes que possa levantar-se de seu lugar.  Em verdade, sou forte e confiável para a missão.”[3]



Footnotes:

[1] Saheeh Al-Bukhari, Saheeh Muslim.

[2] Saheeh Al-Bukhari, Saheeh Muslim, at-Tirmidhi e Ahmad

[3] Alcorão, capítulo 27.

leia o artigo original em: http://www.islamreligion.com/pt/articles/4069/

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