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A História do Alcorão (parte 2 de 4): da Tabuleta Preservada para a Humanidade
Descrição: Como o Alcorão foi preservado, memorizado e registrado.
Por Aisha Stacey (© 2012 IslamReligion.com)
Publicado em 18 Jun 2012 - Última modificação em 17 Jun 2012

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Categoria: Artigos > O Alcorão Sagrado > A Autenticidade e Preservação do Alcorão Sagrado


“E também te inspiramos com um Espírito, por ordem nossa, antes do que não conhecias o que era o Livro, nem a fé; porém, fizemos dele uma Luz, mediante a qual guiamos quem Nos apraz dentre os Nossos servos. E tu certamente te orientas para uma senda reta.” (Alcorão 42:52)

O profeta Muhammad, que a misericórdia e bênçãos de Deus estejam sobre ele, o mensageiro final de Deus, recebeu o Alcorão em duas etapas.  Essas palavras perfeitas de Deus foram enviadas para tirar a humanidade das trevas e levá-la para a luz; são orientação e misericórdia.  O Alcorão - as palavras de Deus, são palavras perfeitas de um Deus perfeito para Sua Criação.  Na noite conhecida como a “Noite do Decreto”, no mês islâmico de Ramadã, o Alcorão desceu da Tabuleta Preservada[1] para o paraíso mais baixo.  Desceu dos céus para a terra em pequenas etapas.

A revelação foi transmitida ao profeta Muhammad através do anjo Gabriel.[2] Quando o profeta Muhammad tinha em torno de quarenta anos, começou a passar o tempo em profunda meditação.  De acordo com sua amada esposa Aisha[3], o amor à seclusão foi conferido a ele através de sonhos bons e vívidos.  Ia para a caverna conhecida como Hira para adorar o Deus Único e contemplar a vida, o universo e seu lugar no mundo.

Uma noite, durante o Ramadã, um anjo veio até ele e pediu que lesse.  O profeta, incapaz de ler ou escrever, respondeu: “Não sei ler.”  O anjo então o segurou e pressionou seu peito com tanta força que ele mal conseguia suportar a pressão.  O anjo então liberou Muhammad e pediu mais uma vez que lesse.  Novamente ele respondeu: “Mas não sei ler.”  O anjo o segurou com força três vezes e Muhammad respondeu a cada vez que não sabia ler (ou perguntou o que deveria ler).  O anjo então relatou a ele as primeiras palavras do Alcorão.[4]

“Lê, em nome do teu Senhor Que criou; Criou o homem de algo que se agarra. Lê, que o teu Senhor é Generosíssimo, Que ensinou através do cálamo, Ensinou ao homem o que este não sabia.”  (Alcorão 96: 1-5)

Após essa primeira revelação, que Muhammad considerou assustadora, ele não foi visitado pelo anjo Gabriel por um período indeterminado de tempo.  A próxima vez que o encontrou (o anjo), estava caminhando sozinho.  O profeta Muhammad ouviu uma voz dos céus.  Quando olhou para cima viu o anjo sentado em uma cadeira entre o céu e a terra.  Muhammad estava com medo e correu para casa, buscando conforto e pedindo para ser envolto em cobertores.  A segunda revelação ocorreu nesse momento.[5]

“Ó tu, emantado! Levante-te e admoesta!”  (Alcorão 74: 1-2)

Durante os próximos 23 anos até pouco antes da morte do profeta Muhammad, o Alcorão foi revelado em etapas. Várias razões foram sugeridas.  Alguns dizem que foi revelado lentamente para oferecer ao profeta Muhammad apoio e abordar questões à medida que surgiam.

Aisha, a esposa do profeta, narra que quando lhe perguntaram como a inspiração divina era revelada, o profeta Muhammad respondeu: “Às vezes é como o soar de um sino. Essa forma de inspiração é a mais difícil de todas e então esse estado passa após eu ter captado o que foi inspirado. Às vezes o anjo vem em forma de um homem e fala comigo e capto o que ele diz.”[6] Ibn Abbas descreveu o profeta Muhammad como suportando a revelação “com grande dificuldade e movendo seus lábios rapidamente.”[7] À medida que as palavras do Alcorão foram reveladas para o profeta Muhammad ele começou a memorizá-las.

A memorização era considerada importante e foi amplamente praticada mesmo nos primeiros anos do Islã.  O profeta Muhammad solicitou que seus companheiros memorizassem o Alcorão e usassem várias medidas para se assegurarem que a revelação fosse preservada em suas memórias.  De acordo com Ibn Ishaq, compilador de uma das primeiras biografias do profeta Muhammad, Abdullah Ibn Masud foi o primeiro homem, depois de Muhammad, a recitar o Alcorão publicamente e nessa ocasião foi severamente espancado.  O companheiro mais próximo do profeta Muhammad, Abu Bakr, também era conhecido por recitar o Alcorão fora de sua casa em Meca.[8]

O Alcorão foi memorizado pelos companheiros durante a vida do profeta Muhammad e essa tradição continuou através das gerações seguintes.  Até hoje, os muçulmanos incapazes de ler em árabe memorizam as mesmas palavras que foram memorizadas pelos árabes do século 7 EC.  A maioria dos árabes era iletrada, incluindo o profeta Muhammad, mas a importância da palavra escrita era bem compreendida.

Preservar a revelação divina era fundamental; portanto, pessoas confiáveis e instruídas memorizaram e registraram as palavras do Alcorão.  Entre elas se incluíam os quatro homens destinados a seguir Muhammad como líderes da nação muçulmana e um homem chamado Zaid Ibn Thabit, que seria determinante na preservação do Alcorão para as gerações que se seguiriam.

Materiais para escrita eram difíceis de conseguir e nesse período inicial partes do Alcorão foram registradas em peles de animais, pedras de cor clara, ossos e até em cascas de árvore.  Os companheiros registravam as palavras da revelação e o profeta Muhammad ouvia os homens recitarem a partir da palavra escrita para ter certeza de que não havia erros.  Pode-se dizer que o Alcorão foi registrado sob a supervisão direta do profeta Muhammad.  O Alcorão não foi revelado em ordem, mas o anjo Gabriel instruiu o profeta Muhammad sobre como compilar o Alcorão na sequência divinamente inspirada correta.



Footnotes:

[1] Lauh Al-Mahfuz (a tabuleta preservada) é o livro no qual Deus escreveu os decretos divinos e o destino de toda a criação. Estava com Deus antes da criação.

[2] Suyuti’ em Al Itqan Fi Ulum Al Quran, Beirute, 1973, Vol.  I pp. 39-40 baseado em três relatos de 'Abdullah Ibn 'Abbas, em Hakim, Baihaqi e Nasa'i.

[3] Saheeh Al-Bukhari

[4] Essas são as primeiras palavras reveladas e não devem ser confundidas com o primeiro capítulo do Alcorão porque os capítulos do Alcorão não foram revelados naquela ordem.

[5] Saheeh Al-Bukhari

[6] Ibid

[7] Ibid

[8] Ibn Hisham

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