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Preservação do Alcorão (parte 2 de 2): O Alcorão Escrito
Descrição: A escrita do Alcorão durante a época de Muhammad e sua preservação até o dia de hoje.
Por iiie.net (editado por IslamReligion.com)
Publicado em 04 Jan 2009 - Última modificação em 07 Jan 2009

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Categoria: Artigos > O Alcorão Sagrado > A Autenticidade e Preservação do Alcorão Sagrado
Categoria: Artigos > Evidência de que o Islã é a Verdade > A Autenticidade e Preservação do Alcorão Sagrado

O Alcorão inteiro também foi registrado por escrito na época da revelação a partir do que foi ditado pelo Profeta, que Deus o exalte, por alguns de seus companheiros letrados, o mais proeminente deles sendo Zaid ibn Thabit.[1] Outros entre seus nobres escribas foram Ubayy ibn Ka’b, Ibn Mas’ud, Mu’awiyah ibn Abi-Sufyan, Khalid ibn Waleed e Zubayr ibn Awwam.[2] Os versículos foram registrados em couro, pergaminho, escápulas (omoplatas de animais) e folhas de tamareiras.[3]

A codificação do Alcorão (ou seja, colocado em ‘forma de livro’) foi feita logo após a Batalha de Yamamah (11AH/633CE), após a morte do Profeta, durante o Califado de Abu Bakr.   Muitos companheiros se tornaram mártires naquela batalha, e se temeu que a menos que uma cópia escrita da revelação inteira fosse feita, grandes partes do Alcorão poderiam ser perdidas com a morte daqueles que as tinham memorizado.  Sendo assim, com a sugestão de Umar de coletar o Alcorão na forma escrita, Abu Bakr pediu a Zaid ibn Thabit que liderasse um comitê que reuniria os registros dispersos do Alcorão e preparasse um mushaf – folhas soltas que contivessem a revelação inteira.[4] Para salvaguardar a compilação de erros, o comitê aceitou apenas material que tivesse sido escrito na presença do próprio Profeta, e que pudesse ser verificado por pelo menos duas testemunhas confiáveis que tivessem ouvido o Profeta recitar a passagem em questão[5].  Uma vez completas e unanimemente aprovadas pelos Companheiros do Profeta, essas folhas foram mantidas com o Califa Abu Bakr (falecido em 13AH/634EC) e então passadas para o Califa Umar (13-23AH/634-644EC), e então para a filha de Umar e viúva do Profeta, Hafsah[6].

O terceiro Califa Uthman (23AH-35AH/644-656CE) pediu a Hafsah que lhe enviasse o manuscrito do Alcorão que estava sob sua guarda, e ordenou a produção de várias cópias idênticas (masaahif, singular mushaf).  Essa tarefa foi confiada aos Companheiros Zaid ibn Thabit, Abdullah ibn Az-Zubair, Sa’eed ibn As-’As, e Abdur-Rahman ibn Harith ibn Hisham.[7] Na conclusão (em 25AH/646CE), Uthman devolveu o manuscrito original à Hafsah e enviou as cópias às maiores províncias islâmicas.

Um número de eruditos não-muçulmanos que estudou a questão da compilação e preservação do Alcorão também estudou a sua autenticidade.  John Burton, ao fim de seu trabalho substancial sobre a compilação do Alcorão, afirma que o Alcorão como nós temos hoje é:

“...o texto que nos chegou na forma na qual foi organizada e aprovada pelo Profeta... O que nós temos hoje em nossas mãos é o mushaf de Muhammad.[8]

Kenneth Cragg descreve a transmissão do Alcorão da época da revelação até hoje como “uma seqüência viva ininterrupta de devoção.”[9] Schwally concorda que:

“Com relação às várias peças da revelação, nós estamos confiantes de que seu texto foi de maneira geral transmitido exatamente como foi encontrado no legado do Profeta.”[10]

A credibilidade histórica do Alcorão é estabelecida também pelo fato de que uma das cópias enviada pelo Califa Uthman continua a existir hoje.  Ela está no Museu da Cidade de Tashkent no Uzbequistão, Ásia Central.[11] De acordo com o Programa Memória do Mundo, da UNESCO, um braço das Nações Unidas, ‘é a versão definitiva, conhecida como o Mushaf de Uthman.’[12]

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