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Juros e Seu Papel na Economia e na Vida (parte 5 de 8) |
Descrição: As várias formas através das quais os pensadores no passado tentaram inventar explicações para a existência de juros. Por Jamaal al-Din Zarabozo (© 2011 IslamReligion.com) Publicado em 04 Jul 2011 - Última modificação em 04 Jul 2011 Visualizado: 93 (média diária: 2) - Classificação: nenhum ainda - Classificado por: 0 Impresso: 4 - Enviado por email: 0 - Comentado em: 0 Categoria: Artigos > Sistemas no Islã > Economia O mero excesso de opiniões tentando explicar a existência de juros e justificar seu pagamento – acompanhado por críticas críveis de todas essas opiniões por economistas respeitados e de destaque[1] - deve ser um sinal para todos de que algo não está muito certo. Na história do pensamento econômico, podem-se encontrar as seguintes teorias justificando os juros (entre outras): (1) As Teorias “Sem Plausibilidade” (como Boehm-Bawerk as chama): foram desenvolvidas por Adam Smith, Ricardo e outros economistas. Essa teoria tem muitas falhas, incluindo confundir juros com lucro bruto sobre o capital. Ricardo ainda determinou todo o valor do capital ao trabalho - mas de alguma forma deixou de notar que nunca o trabalho recebia o pagamento pelo dito valor. (2) As Teorias da Abstinência: esses tipos de teorias aparecem de vez em quando. Os economistas descobriram que “abstinência” pode não ser uma boa palavra para se usar[2] e com frequência a substituem por outros termos, como “espera” (a la Marshall). Os juros são, em essência, a retribuição que se recebe por “esperar” ou “se abster” de consumo imediato. Essa teoria fracassou porque parece pensar que poupar é a única função dos juros, que se verificou não ser verdadeiro. (3) Teorias de Produtividade: os proponentes dessa teoria vêem produtividade como inerente ao capital e, consequentemente, os juros são simplesmente o pagamento por essa produtividade. A teoria, como apresentada por Say, supõe que o capital produz um valor excedente, mas, de novo, não existe prova para dar apoio a essa alegação. O máximo que se pode alegar é que algum valor foi criado, um pagamento ao capital, mas não se pode provar que o valor excedente foi criado, a essência de sua alegação de que os juros se justificam. Claro, essas teorias ignoram completamente os fatores monetários ao analisarem os juros. (4) Teorias de Uso: “Boehm rejeitou a validade da suposição de que ao lado de cada bem de capital havia um “uso”, que era um bem econômico independente possuindo valor independente. Ele enfatizou ainda que ‘em primeiro lugar, simplesmente não existe algo como um uso independente de capital’ e, consequentemente, não pode existir um valor independente, nem sua participação originar o ‘fenômeno do valor excedente.’ Supor esse uso é criar uma ficção injustificável que se contrapõe a todos os fatos.”[3] (5) Teorias de Remuneração: esse grupo de economistas vê os juros como a remuneração do “trabalho realizado” pelo capitalista. Embora apoiada por economistas ingleses, franceses e alemães, talvez essa opinião não precise de comentários. (6) As Teorias Ecléticas (combinação de teorias anteriores, como a de Produtividade e Abstinência): Afzal-ur-Rahman escreve: Essa linha de pensamento parece revelar um sintoma de insatisfação com a doutrina de juros como apresentada e discutida pelos economistas do passado e do presente. E, como nenhuma teoria sobre o assunto é em si considerada satisfatória, as pessoas têm tentado encontrar uma combinação de elementos de várias teorias para encontrar uma solução satisfatória do problema.[4] (7) Teoria Moderna da Frutificação: Henry George foi o desenvolvedor dessa teoria, mas ela nunca teve peso suficiente para ter muitos seguidores (se é que houve algum). (8) Teoria da Abstinência Modificada: outra teoria singular proposta por Schellwien; nunca teve muito impacto. (9) A Teoria Austríaca (Teoria da Preferência pelo Tempo ou Ágio[5]): essa é a opinião que o próprio Boehm-Bawerk endossa. De acordo com essa teoria, os juros surgem “de uma diferença em valor entre os bens presentes e futuros.” Cassel criticou essa teoria em detalhes. Resume-se a uma teoria “de espera” extravagante. (10) Teorias Monetárias (Teoria dos Fundos Emprestáveis, Teoria da Preferência por Liquidez, Teoria dos Estoques e Fluxos, Abordagem da Preferência por Bens): mais recentemente os economistas tentaram introduzir e enfatizar a influência de fatores monetários na questão dos juros. Na realidade, entretanto, a ênfase aqui começa a ser trocada de por que os juros são pagos para o que determina a taxa predominante de juros. “De acordo com Robertson, os juros na teoria da preferência pela liquidez são reduzidos a nada mais que um prêmio de risco contra flutuações em relação às quais não temos certeza. Deixa os juros em suspenso, em um vácuo, por assim dizer, havendo juros porque existem juros.”[6] Críticas semelhantes têm sido feitas a outras opiniões nessa família de teorias. (11) Teoria da Exploração: incidentalmente os economistas socialistas sempre consideraram os juros como nada além de exploração. Deve ser lembrado que os “fundadores” da teoria capitalista, Adam Smith e Ricardo, acreditavam que a fonte de todo o valor é o trabalho. Se isso é verdade, então todos os pagamentos devem ser feitos ao trabalho e os juros não são nada além de exploração. Em dois trechos Afzal-ur-Rahman forneceu excelentes conclusões referentes a essas diferentes teorias de juros. Ele afirma: |
· Enviado por admin em 24/08/2011 05:26 · 2832 Leituras · |
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