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Rabi’a b. Kab
Rabi’a b. Kab


Dr. Abdulrahman Ráafat Bacha
Tradução: Prof. Samir El Hayek



Deixemos que o sujeito desta história conte as suas experiências com suas próprias palavras.

A história de Rabi’a

Eu era apenas um jovenzinho quando a luz da fé encontrou um lugar no meu coração, enchedo-me com a espiritualidade do Islam. Quando vi o Mensageiro de Allah (S) pela primeira vez, fui tomado por um permanente amor por ele. Aquela afeição pelo Profeta (S) tornou-se tão intensa, que cheguei a me ocupar dela à exclusão de tudo o mais. Por fim, eu pensei:

“Por que não tornas as coisas mais fáceis para ti mesmo, e te devotas ao serviço do Mensageiro de Allah? Vai, e oferece teus serviços a ele! Se ele aceitar, tu terás a alegria de sempre o ver, obter a sua afeição, e irás receber as bênçãos neste mundo e no Outro!”

Logo depois, eu fui ter com o Profeta (S) e me ofereci para servi-lo, esperando que ele aceitasse a minha oferta. Ele não me desapontou, mas aceitou que eu fosse o seu criado; e, daquele dia em diante, eu permaneci tão perto do Profeta (S), como se fosse sua sombra. Aonde quer que ele fosse, eu o acompanhava, flutuando em torno dele feito um planeta a orbitar ao redor do sol. Bastava só ele olhar para mim, eu me punha de pé, e ia até ele. Se ele estivesse procurando por algo, ou precisasse que alguém lhe fizesse um serviço fora, eu me apressava em servi-lo.

Eu costumava passar o dia inteiro assim, procurando meios de o servir. Quando o dia terminava e o Profeta (S) havia realizado sua oração final da noite, ia para sua casa e, primeiramente, eu achava que era hora de eu ir embora. Depois eu reconsiderava, dizendo a mim mesmo:

“Ó Rabi’a, por que deves partir? Talvez o Profeta (S) vá precisar de alguma coisa durante a noite!” E me sentava à soleira da sua porta, onde permanecia.

O Profeta (S) passava a noite acordado, em oração. Ocasionalmente, ouvia-o recitar Al Fatiha1, e ele continuava a repeti-la por uma boa parte da noite. Ou eu o ouvia dizer:

“Allah ouve a quem O louva”, e ele repetia aquilo por um tempo mais logo do que fazia com Al Fátiha.

Era hábito do Mensageiro de Allah (S), toda vez que alguém lhe fazia um favor, fazer a esse alguém um favor maior, como uma expressão de gratidão. Ele queria me recompensar por eu prestar serviços a ele; então, num dia, ele se chegou perto de mim, e disse:

“Ó Rabi’a bin Kab!”

“Estou a teu serviço, e pronto para servi-lo, ó Mensageiro de Allah (S). Que o Senhor te conceda muitas felicidades!” respondi.

“Pede-me algo, e eu to darei”, ele disse para mim.

Eu ponderei por um momento, e então disse:

“Dá-me algum tempo, ó Mensageiro de Allah (S), para que eu possa considerar o que desejo pedir; então te direi.”

“Está bem”, ele disse.

Naquele tempo eu era pobre, sem esposa, dinheiro, nem lar. Vivia no quintal da mesquita, juntamente com outros muçulmanos pobres. As pessoas costumavam chamar-nos “os convivas do Islam”. Se alguém dos muçulmanos levava algum dinheiro ao Profeta (S) em caridade, ele o dava todo para nós. Se alguém lhe enviava um presente, ele tomava um pouco para si, e mandava dar o restante para nós. Eis que me ocorreu pedir ao Profeta (S) algo terreno que me livrasse da pobreza e que me fizesse viver como qualquer outro, com dinheiro, esposa e filhos. Então eu reconsiderei, dizendo a mim mesmo:

“Olha que irás trazer a ruína para ti, ó Rabi’a bin Kab! O mundo material irá passar; e se estiveres destinado a desfrutar da sua riqueza, Allah irá proporcionar, quer tu peças por ela ou não. E o Profeta (S) é tão amado por Allah, que Ele não irá recusar qualquer pedido que o Profeta (S) faça. Portanto tu deves pedir a Allah que te conceda um quinhão da recompensa do Outro Mundo.” Aquela era a decisão mais plausível. Então eu fui ter com o Profeta (S), e ele perguntou:

“Que tens a dizer, ó Rabi’a?”

“Mensageiro de Allah (S), quero pedir-te que ores a Allah e Lhe peças que me faça teu companheiro no Paraíso.”
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