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Abdullah b. Salman
“Se alguém quiser olhar para um dos habitantes do Paraíso, que olhe para o Abdullah bin Salman.”
(dizer do povo de Madina)

Al Hushayn b. Salman1 era um dos eruditos, dentre os judeus que viviam em Yaçrib2. As pessoas da cidade, todas tinham o maior respeito por ele. Cada um, não importando que religião tivesse, tratava-o com honrarias. Possuía uma elevada reputação por sua religiosidade, virtuosidade e retidão de caráter.

Al Hushayn vivia uma vida tranquila e pacífica, que era ao mesmo tempo circunspecta e cheia de propósitos. Dividia o seu tempo, por igual, em três atividades separadas: cultuação e pregação na sinagoga, trabalho nas suas tamareiras – irrigando e cultivando suas árvores –, e estudo da Tora para intensificar a sua erudição.

Sempre que Al Hushayn lia a Tora, passava longo tempo a refletir sobre as passagens que preconizavam o surgimento, em Makka, de um profeta que iria completar as mensagens de todos os profetas que tinham surgido antes dele, e que iria ser o selo dos profetas.
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1. Al Hushayn – com um S enfático (não é para ser confundido com o neto do Profeta {SAAS}). Esse nome significa “pequena raposa”, e é pejorativo.
2. Yaçrib – o nome pré-islâmico de Madina.

Al Hushayn procurava por obter detalhes concernentes ao esperado profeta: como ele seria, como poderia ser reconhecido, e por outros sinais. Ele tremia de júbilo ao ler que esse profeta iria deixar a cidade em que recebesse o chamamento, e iria emigrar para Yaçrib, onde constituiria o seu novo lar. Toda a vez que Al Hushayn relia aquilo ou pensava sobre aquilo, orava para que Deus o fizesse viver um tempo suficiente para ver o esperado profeta, ter o prazer de encontar-se com ele, e ser um dos primeiros a declarar a sua crença nele.

Foi da vontade de Deus satisfazer a oração de Al Hushayn e permitir que ele vivesse até a uma idade avançada, e ir mesmo além da vida do Profeta (SAAS). Teve a felicidade de encontrar-se com ele e passar um bom tempo aprendendo com ele; e acreditou na revelação que havia sido enviada ao Profeta (SAAS). Iremos permitir que Al Hushayn conte a sua própria estória, como se tornou muçulmano, pois os seus detalhes constituem a mais acurada reflexão do que estava a sentir.

A estória de Al Hushayn

Quando ouvi pela primeira vez as estórias do surgimento de um profeta, procurei me aprofundar na informação sobre o seu nome, sua genealogia, suas características, e onde e como ele havia começado a conclamar os outros para a crença. Pus-me a meditar sobre o que havia ouvido sobre ele, em comparação com o que estava assentado nas nossas escrituras, até que me certifiquei de que se tratava de um autêntico profeta. Guardei aquela constatação para mim mesmo, e não a compartilhei com outros rabinos e eruditos.

Chegou o dia em que o Profeta (SAAS) deixou Makka, dirigindo-se para Madina. Quando chegou à cidade e terminou sua viagem em Cubá3, um homem percorreu a cidade anunciando a chegada do Profeta (SAAS). Naquele momento, eu estava no topo duma tamareira, a cuidar dela, e minha tia Khalidah b. al Háris estava sentada sob a árvore. Quando ouvi a notícia, eu exclamei:

“Allahu akbar! Allahu akbar!”

Ao ouvir aquilo, minha tia disse:

“Como me desapontas! Por Deus, se fosse o próprio Profeta Moisés, vindo a nós, não ficarias mais excitado!”

“Olha, tia, juro por Deus que ele é o irmão de Moisés, trazendo-nos a mesma religião e pregando as mesmas crenças”, respondi.

Ela ficou em silêncio por uns momentos, antes de dizer:

“Será ele aquele de quem nos tens falado, aquele que seria enviado para corroborar o que havia sido ensinado antes dele, como uma complementação das mensagens do seu Senhor?”

“Sim, é ele”, disse eu.

“Que assim seja”, ela consentiu.

Imediatamente eu foi à procura do Mensageiro de Deus (SAAS), e vi que as pessoas se acotovelavam para conseguirem chegar à porta dele. Então eu me espremi entre as pessoas, até que cheghei perto dele. A primeira coisa que o ouvi dizer foi:

“Ó gente, saudai-vos uns aos outros com a saudação de ‘paz’ e alimentai os famintos; dizei as orações à noite, quando os outros estiverem dormindo, e tereis a certeza de que entrareis na Paraíso!”
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3. Cubá – um vilarejo que fica a pouco mais de um quilômetro e meio de Madina.
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